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nš 60, octubre 2024

Luz do meu palco interior

x Lie Caseiro[1]

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Imagen de Flavia Mauro, @flaviamauro77


Introdução

Como filósofa de formação nietzschiana, apreendo no sentido de pensar e sentir, que a filosofia após Nietzsche, só pode ser sustentada pelos novos filósofos, apontados por ele em seu livro Além do Bem e do Mal. Nietzsche não apenas critica a filosofia e a moralidade tradicionais, mas também esboça a figura do novo filósofo como um criador e legislador de novos valores, capaz de transcender as limitações da moral convencional e afirmar uma nova visão de vida. Nietzsche, propõe que esses novos filósofos sejam capazes de pensar além das categorias de bem e do mal, criando uma nova filosofia, que afirme a vida. No aforismo 203, o filósofo fala diretamente sobre a necessidade desses novos filósofos, que ele descreve como espíritos livres.

A linguagem trágica em Assim falou Zaratustra, já não é, por sua vez, a mesma linguagem trágica da Grécia, à medida que Nietzsche desenvolveu uma linguagem trágica e inovadora, porquanto que sua filosofia viveu dentro de um período onde a racionalidade já há muito se desenvolvia. A linguagem trágica de Nietzsche transcende, por sua vez, as limitações da razão, integrando elementos poéticos e emocionais para expressar uma visão mais completa e profunda da condição humana.

Se nos remetemos àquela apreensão direta da era mítica da Idade de Ouro, uma era de perfeição e abundância, onde os humanos viviam em harmonia com os deuses, sem sofrimento ou trabalho, seguida pela Idade de Prata, uma era de longa vida, mas com menos harmonia, onde os seres humanos começam a enfrentar dificuldades e a viver de maneira menos virtuosa, continuada pela Idade de Bronze, caracterizada pelo uso de ferramentas e armas de bronze, uma era marcada por guerras e conflitos e a Idade de Ferro, a era mais dura e corrupta, onde o trabalho duro e o sofrimento são dominantes. Embora essas eras mitológicas não correspondam diretamente a períodos históricos, a transição do uso do bronze para o ferro realmente ocorreu e teve um impacto significativo nas civilizações da época. Essas eras mitológicas refletem uma progressão simbólica do ideal ao decadente, correspondendo às visões gregas sobre a evolução moral e social da humanidade.

Com a introdução da escrita e o desenvolvimento da filosofia, a Grécia Antiga lançou as bases para a cultura e o pensamento ocidental, passando dos primeiros filósofos, que questionavam a natureza do universo, aos grandes debates éticos e morais, introduzidos por Sócrates, com a maiêutica socrática, se afastando cada vez mais, da  mítica Idade de Ouro ou quem sabe tentando retornar a ela, através do uso de uma razão reflexiva.

Em sua obra inicial O Nascimento da Tragédia, Nietzsche celebra a tragédia grega como uma expressão autêntica e profunda da natureza humana. Ele destaca a tensão entre os elementos apolíneos (ordem, beleza, racionalidade) e dionisíacos (caos, emoção, irracionalidade) como fundamentais para uma compreensão completa da experiência humana. Nessa fase, Nietzsche vê a tragédia grega como superior à racionalidade socrática e platônica, que acredita ter suprimido a vitalidade da vida, com sua ênfase excessiva na razão, porém durante sua vida de pensador, Nietzsche passa por um intenso engajamento com a racionalidade tradicional, da filosofia ocidental. Ele critica alguns filósofos que o precederam, especialmente Sócrates e Platão, por promoverem uma visão do mundo que, em sua opinião, nega os aspectos vitais e irracionais da existência humana.

Nietzsche acredita que a racionalidade clássica por si só é insuficiente para abarcar toda a complexidade e profundidade da vida humana. Nesse sentido, ele propõe uma nova forma de trágico, que transcende a dicotomia entre razão e emoção, ordem e caos. A linguagem de Nietzsche em Assim Falou Zaratustra representa a integração dos elementos dionisíacos e apolíneos.

Minha apreensão da filosofia de Nietzsche, sugere que ele vai buscar a superação da racionalidade tradicional, no sentido de um desabrochar da inteligência (noética), durante o exercício do pensamento dialético, campo divino, que se abre ao desconhecido e desvela os mistérios, através do uso de uma imaginação abrangente, nascida dessa razão inteligente “noética”, que desperta para uma intuição superior, ligada diretamente ao ser corpóreo, que apreende vários tipos de linguagens, consonantes ao universo. Diferente de Platão, Nietzsche não sobrepõe a reflexão dialética, ao campo das emoções e dos desejos dos corpos, ao contrário para o filósofo é necessário que não haja repressão e sim vivência, conhecimento e superação da repressão, através de uma transvaloração de todos os valores, condizentes aos desejos e pulsões humanas.

A razão emocional combina a lógica com o sentimento, reconhecendo que as emoções desempenham um papel crucial na formação de nossas percepções da realidade, que as ilusões fazem parte e a criatividade pode desvelar o inefável, trazendo à tona uma realidade além do bem e do mal, na união das dualidades, através da inteligência que compreende o desejo e eleva o sentimento.

A perspectiva nietzschiana, para uma nova forma de fazer filosofia, com a menção aos novos filósofos, abre portas para um novo rumo à filosofia.  Neste ensaio, fragmentos de textos, não formais, nem explícitos, dizem um pouco sobre essa apreensão “abrangente” do ser humano, que percorre o caminho, da ponte que leva ao super homem ou à criança nietzschiana, que se utiliza das várias ferramentas naturais, como o pensamento em suas variadas dimensões e que abrange não somente a razão lógica, mas a razão emocional corpórea, misto de sentimentos e pensamentos, fundamentados na existência de uma vida sentida e pensada, onde as dicotomias entre Apolo e Dionísio, das dualidades tentam se superar, no encontro de si e do outro e nos relacionamentos, também os predestinados, onde o acaso faz parte da vida, para montagem do grande quebra-cabeças coletivo.

Este ensaio pode parecer fragmentos, de um romance de ficção ou outra forma literária, na verdade visa trazer à tona uma linha de pensamento filosófico.  A linguagem da protagonista habita num campo de apreensão onde os desejos da matéria, já não estão mais tão presentes, visto uma vida que conseguiu encontrar uma realidade mais ampla, que a despertou para um novo olhar e sentir, onde agora seus desejos caminham à procura de novas estradas.

 

I

De sobressalto fui intuitivamente ao encontro. No céu nascia o sol de um laranja avermelhado.

De paletó marrom esquartejado pelo sol, a meia luz, ele me esperava na mureta de pedra, da praça azul, tão simples como a areia branca, que se pisa a vontade. O sol se metamorfoseou em rosa, no momento em que o vi; um belo jovem negro, perdido em seus pensamentos. Logo imaginei que havia encontrado a caça, lá estava minha flecha enterrada em seu peito. Nos olhamos e nos reconhecemos sem nunca nos termos visto antes. Acima de nossos corpos, nossas almas se encontraram, na dimensão da criança nietzschiana. Todas as estrelas souberam do nosso encontro. O rei das estrelas estava a nos espreitar. Éramos iguais, irmãos de almas, que as luzes do céu resolveram juntar.

Empaticamente conversamos durante todo o tempo em que o sol brilhou, sob um silêncio pleno que nos rodeava durante o percurso;  caminhando pela praia seguimos, lado a lado, na mesma direção, sem metas a não ser a de clarear a vida a cada passo. No encontro de subterfúgios e anseios sem nomes, subimos montanhas, que espelhavam o céu rosa claro que naquele momento se metamorfoseava em lilás.

O sol se pôs quando finalmente dei por mim, pensei que nada era real, a não ser nossos corpos, talvez eu estivesse vivendo uma realidade paralela, também não sabia o que ele estava sentindo ou vendo, seria o mesmo que eu? Perguntei seu nome, trocamos contatos e nos largamos, cada um seguiu para um lado.

Com o passar dos dias o esqueci completamente, ficou em mim só aquela boa sensação de um grande encontro. Algo extraordinário havia acontecido, em um momento tão inesperado. Quem seria aquele homem, quarenta anos mais novo, de nível social diferente do meu; porque aquele encontro se deu de forma tão espontânea e inesperada? As perguntas não tinham respostas e acabei simplesmente desistindo de compreender e como era de costume segui minha vida, aproveitando o novo estado de ânimo que me assolava. Não precisava de sua presença para me sentir bem, nossa relação ultrapassava o espaço e o tempo, me remetendo a uma atemporalidade onde o passado presente e futuro caminhavam num vir a ser a cada instante, a cada pensamento, numa sintonia com tudo e com todos, agora só.

 

II

Fazia tempo que eu havia seguido o caminho para os altos morros uivantes, sempre seguindo um desejo pensado, guiado por uma breve intuição, que se ampliou com o tempo. A percepção da minha interioridade sempre foi primordial na minha estrada, nunca me preocupando em chegar realmente a um final, mas sim de caminhar onde aquela escada íngreme me levava, cada vez mais para o alto, às vezes descia montanhas verdejantes e voltava a subi-las, olhando os campos abertos do alto, por algum tempo, até visualizar portais, saídas em glória. Muito cavalguei a procura de águas límpidas que me alimentassem a alma; e a cada desencontro entre encruzilhadas tortuosas, um novo impulso a seguir, em minha vida ambulante.

Dos grandes ferimentos passados, vividos, os via como dádivas, que me mostravam o caminho, entre os meus desejos e meus pensamentos, para um encontro comigo mesma.
No mundo móvel e inconstante, o pressentimento de que sempre haveria procuras, estradas sem fim, caminhos que não eram necessariamente crescentes, na escalada dos sonhos eternos. Já não procurava explicações e pude então nadar num mar de intuições. Pude perceber que a vida é maré baixa, planície e sonho. E das grandes escaladas, marés altas, tempestades e desejos escalantes, a sobrevivência do meu coração gritante. Das ruelas ensolaradas, a lembrança da infância, hoje adormecida; lembrança dos voos serenos com bem-te-vis acordados pela mesma procura. Eterno retorno de um livre pensar.

 

III

Hoje fecho a janela para o ser que me abate. Dou de ombros, simplesmente um aceno que transmite compaixão, amor, desespero e dor. A dor é o reino dos sentidos, um estranho reino, que como nota dissonante surge, do interior de um deserto em falta. Do nada; em direção ao tudo desejo ir, um tudo que não conheço, posso imaginá-lo como uma colcha de retalhos ou um quebra-cabeças, com suas partes misturadas e perdidas; aleatoriamente minha intuição me leva para onde o nada deixa de existir, e o carvão vira cinzas, novamente a chama acende e esquenta o frio, desse meu estado de alma. Saber reacender a chama é a grande chave, nesse estágio em que me encontro, quando posso deixar a vida acontecer leve e solta como as nuvens de verão. O amor fati de Nietzsche, acho que finalmente consigo entender, a sintonia com o todo; independe do entendimento. Porque o amor pode nascer da compreensão, mas quando está vivo, em nossos corações palpitantes, não pensa, nem compreende só ama tudo.

Na sombra do meu ser, onde me refugio na solidão, nada sei a não ser que estou viva e plena. Nadando na sintonia de uma vida; dentro da massa das ilusões modelo o barro das minhas criações, me fazendo ser o que sou, dentro de um vir a ser que esclarece e ama a vida, como ela surge a cada momento.

Há momentos, entretanto, que não há como prosseguir nestes infindáveis pensamentos que traduzem o céu e seu esplendor.  Aqui na terra me sinto entre anjos, perdidos e decaídos, seres sublimes e “errantes” que sobre a terra, mundo dionisíaco, se arrastam.  

Na maior aflição que vivi, no maior apêgo, com desdém desfrutei, sem deixar de saber que a minha herança era o amor, universo que expande do pequeno grão ao grande horizonte, que tudo vê e sabe que é preciso ser grande dentro da nossa pequenez corpórea, que nossa alma pode abranger imensidões, que nosso coração pode transgredir quando ama e realizar canções do silêncio, de um universo distante e palpável. Acima do bem e do mal, uma história, tão intensa e sólida, como agora posso me ver viva, cantando primaveras em flores, desses jardins esquecidos e magoados, de um entardecer suave e ensolarado. Nesta unidade fui resgatada, de volta ao meu casulo original, onde o direito e o esquerdo, juntos transgridem porções e nessa metáfora imaginada, reflexo de mim, translúcida, entre anjos decaídos e perdidos que apontam a direção do meu altar, onde sou possuída por um Deus criado pela fantasia, dos meus sonhos de fé.

Na procura de sentimentos e desejos nasce o conflito de almas presas, que tentam se libertar através dos sonhos. Doces travesseiros, sonhos lilases das minhas múltiplas aflições esquecidas. Porém, quando não existe procura, em um encontro fortuito, predestinado pelo acaso, há a verdadeira história do ser livre, por isso te dou a graça que recebo de graça.

 

IV

Quando as relações dos seres despontam no entendimento, tudo pode ser resolvido, na plena solidão de cada ser no mundo, que é sonho criado e vivido. A razão que leva em conta os sentimentos, traz liberdade no inefável silêncio.

Descartes disse penso logo existo, porque entendeu a existência do pensar que absorve os sentidos num mundo noético, que nos perfaz.  A realidade se amplia pelo pensamento que caminha livre e que pode imaginar. A imaginação com todos seus enclaves morais, pode encontrar a liberdade ou “pseudo liberdade" através do pensamento reflexivo emocional que pode educar, polindo como um artista,  nossos sentidos corpóreos,  atuando como Apolo a iluminar Dionísio nos seus momentos difíceis.

A inteligência surge no pensamento à medida que os cruzamentos de almas se libertam e a consciência nasce como um nenê recém nascido, que irá se desenvolver durante toda sua vida. A inteligência é um canal que nos liga ao divino, que pode ser imaginada à uma luz que se reflete em nossos pensamentos; são insights de entendimentos sobre todas as peculiaridades de nossas preocupações. A inteligência é o grande caminho de procura, e a saída final, para o conhecimento de nós mesmos.

A intuição faz parte da inteligência já num estado bem avançado. A verdade que aponta sem pensar.

Me parece que naturalmente o ser humano caminha para a unidade. Que não é uma escolha entre o bem e o mal, mas sim o entendimento da perversão dos valores, de um caminho que fomos lançados sem nos preocuparmos conosco.

A consciência, no sentido noético, percebe todo enredo do pensamento, o fio linear da construção, da própria inteligência, que caminha de início frente às ilusões, no mar da corporeidade, até superar conflitos, cruzamentos e guerras em sua última instância.

A imaginação do pensamento é fértil e caminha por esse fio, na maioria das vezes embaraçado. Os nós, campo das ilusões, refletem imagens nos pensamentos que criam sonhos, que podem ser realizados na matéria. Da imaginação surgida dessa inteligência a magia, pode acontecer liberando nosso potencial criativo.

Geralmente o ser humano não sai do campo coberto pelo véu de maia. E quem supera esse estágio, não é compreendido pela maioria. Apenas a criatividade pode dar conta desse problema, para criar a vida e brincar no mundo. A criação é o último estágio; nesse estágio a metáfora é a linguagem do ser, sua ligação (micro) com o universo (macro) se dá. Assim o ser vai desvelando os mistérios, daquilo que é inefável, ininteligível para ele, neste mundo básico, da percepção.

A consciência coletiva que gera os cruzamentos e conflitos vai sempre se apossar das diversas formas de pensamentos, já conscientes ou não e esses entrelaçamentos vão ser sentidos por todos. Assim os buracos negros, como no Universo, aparecem na mente à procura de um mistério ainda maior a ser desvelado.

 

V

Daquela paixão que tenta me alcançar, hoje percebo o desajuste, de uma possível entrega, ao falso éter e me esquivo do instinto animal, sentimento que quer se apossar da minha harmonia, para si, na procura de si, quer me abater de mim. Se me entrego há renúncia e a minha percepção da falta que existe no outro, dele próprio, é em mim  difícil saída, dessa situação resta-me a doação, do meu ser desperto e a tentativa esperançosa, amorosa, que o outro se restaure, a partir do meu abatimento e da minha criatividade, para que eu possa me libertar o libertando, na unidade e recomposição das partes, do grande quebra cabeças, cujas partes soltas estão   perdidas, e eu como uma delas tento me encaixar. E se houver nossa libertação, no sentido de nos percebermos ponto de relação, com o esclarecimento de nossas almas, mais um passo, em direção a uma aprendizagem maior.

Nos entrelaçamentos de almas a procura de si ou semi almas as paixões sobrevivem nos desejos dos corpos e nas ilusões elas caminham de mãos dadas, criando verdades ilusórias, e quando a lição acaba, a desunião dos corpos, a procura de outros, que preencham suas faltas de si. Do desencontro à insatisfação do espírito, que deseja afeto, cada vez mais, de calor humano, amor.

Mas a imperfeição merece aplausos; ela é a introdutória da vida. A vida é o relacionamento, nas relações materiais e espirituais a vida surge, se manifesta e se torna imperfeita, o que faz tudo se ampliar em marés de mágoas, desilusões. Nada me diz mais do que aquilo que vivo, porque dos fatos circunstanciais, na existência de um mundo dual, a unidade perfaz.

 

VI

A ilusão é a “bruxa” que os sonhos retos querem matar, a perspicácia para sobrevivência nesse mundo dionisíaco de competições e de expiação gerada pela manifestação da moralidade do ressentimento, que o cristianismo institucionalizado promoveu e promove, através de uma mentalidade de culpa e autopunição que é prejudicial para a vitalidade e a saúde do ser humano; a expiação perpetua um ciclo de culpa e submissão, que mantém as pessoas presas a valores incondizentes a vida.

 

VII

Seu ponteiro, meu relógio, que anda num estar esgotado, que gostaria de gritar, porém aqui estou precisando aprender a viver bem sem ponteiro. Na atemporalidade do momento vivido como presença, num estar parado que é todo o tempo, expurgando de mim a perspicácia de um mundo infernal, que me destroi pela esperança de um futuro. Nessa realidade que me limita constrangendo meu sonho de ser plena, restringindo minha alma de viver tanto quanto posso esperar: sentimento apertado, raspado. “Sem dono”, simplesmente um querer nada, que vê a parede branca, fim. De um estado de potência parada. Porém viva, numa realidade que assusta; meu ser febril que espera a vitória de um dia real. Nossos seres inacabados…

Às vezes digo tanto tentando dizer o essencial. Nestas tentativas deixo passar e expressar o em si para refletir algo paralelo, que também quer dizer. Nuances de uma música dissonante entre suas variáveis consonâncias.

 

Conclusão

Este ensaio nos convida a superarmos as limitações impostas pela moralidade convencional e a racionalidade estrita, a fim de explorar a vida com um olhar novo e uma mente aberta. Sua jornada é uma celebração da liberdade e da criatividade, valores fundamentais para qualquer filosofia que aspire a ser verdadeiramente transformadora.

Em última análise, este ensaio propõe uma filosofia que vai além dos conceitos tradicionais e lógicos, oferecendo uma visão onde o poético e o filosófico se entrelaçam. É uma filosofia que valoriza a intuição, a vivência plena e a criatividade, inspirando o leitor a se engajar em uma reflexão profunda sobre a própria vida e a buscar uma existência mais autêntica e significativa.║

 

[1]

Lie Caseiro (pseudônimo de Natália da Silva Caseiro) é filósofa e artista visual brasileira, suas obras tecem um diálogo profundo entre arte e pensamento. Formada em Filosofia Pura, depois de cumprir os créditos de pós-graduação na PUC e USP saiu  em busca de maior  liberdade de pensamento, permitindo que suas criações desabrochassem e florescessem sem as amarras formais da Academia.  
Para Lie Caseiro, a filosofia não se limita ao campo das reflexões , mas estende-se à materialidade da vida,  e na arte,  o pensamento pode transcender e encontrar maior expressão e compreensão do ser humano. Trabalhou com crianças em situação de risco e pichadores na Funarte SP. (1995) e desde então reflete seu compromisso com a arte como instrumento de educação e transformação social. Entre suas obras escritas publicadas, destacam-se  Fragmentos de Aurora, O Ponto, Fábrica de Emoções, e Cumplicidade entre Platão e Nietzsche, criações que ecoam uma busca incessante por compreender a essência humana além das palavras formais. 
Instagram: @casaflordelie,  Facebook: http://facebook.com/liecaseiro Linkedin: https://www.linkedin.com/in/lie-caseiro-954b0117

 

 

Palabras clave:

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Concurso 2024
Nietzsche
Filosofia

 

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